domingo, 20 de novembro de 2011

A economia no Brasil Colônia entre os séculos XVI e XVIII


A economia na América Portuguesa – (Brasil colonial) –, bem como outros aspectos relacionados à colonização e à exploração, está diretamente vinculada à expansão comercial da burguesia dentro do sistema político-econômico do capitalismo mercantil, difundido em toda a Europa. O território do pau-brasil não era a  única  colônia que ampliava o enriquecimento e sustentava a metrópole (Portugal), mas também,  algumas regiões da África faziam esse papel.

Para sustentar a Coroa e custear as discrepantes despesas provocadas pela nobreza portuguesa, destacamos a economia no Brasil, que pode ser analisada em diferentes pontos entre os séculos XVI e XVIII: exploração do pau-brasil, sociedade açucareira, ciclo do ouro e o comércio de escravos. Todos os pontos estão no contexto do Pacto Colonial, onde a colônia fornecia matéria prima e consumia produtos manufaturados na metrópole – processo dinâmico que fortalece o comércio e enriquece a economia portuguesa, uma vez que o comércio com outros países era proibido.

A fase do pau-brasil
Os portugueses iniciaram a exploração do novo território com a extração do pau-brasil. A espécie tinha alto valor comercial na Europa em virtude do uso de sua seiva avermelhada para tingir tecidos. O auge da exploração da madeira foi no final da década de 1520, até que a Coroa enviasse a primeira expedição para iniciar a colonização, com o objetivo de ampliar os lucros a partir do cultivo da cana-de-açúcar.

Sociedade do Açúcar
Entre as divisões de terras no Brasil pelas capitanias hereditárias, a de São Vicente, com Martim Afonso de Souza, é a primeira a adotar o cultivo da cana-de-açúcar. Com solo e clima favoráveis, mão de obra escrava e expansão do comércio e de consumo em toda a Europa, o apogeu dessa economia se dá entre 1570 e 1650. Com esse ciclo, Portugal conseguia manter a balança comercial favorável – comércio e altas taxas de impostos.

O plantio da cana era feito em grandes propriedades (latifúndios ou plantation), conhecidas também como engenhos. As unidades possuíam a casa grande (residência da família proprietária), senzalas (para os escravos) e maquinaria para o refinamento do açúcar. Roças para plantar produtos destinados à subsistência e para a pecuária faziam parte das fazendas. Algumas ainda contavam com escolas e capelas.

A estimativa é de que existiam 528 engenhos na colônia no final do século XVII, que garantem a exportação anual de 37 mil caixas de açúcar, com 35 arrobas (15 quilos) do produto em cada. Por volta de 1560 havia cerca de 60 engenhos.

A origem da utilização da mão de obra escrava africana começa com a produção em larga escala do açúcar e com o início do povoamento da colônia. A produção de algodão e tabaco também é registrada no período, mas em proporções bem menores. A exportação do açúcar começa a declinar com a concorrência do produto das Antilhas. Portugal busca outras formas de exploração das riquezas e, se aproveitando do povoamento, envia Bandeiras pelo interior da colônia no século XVIII, onde encontra ouro e diamante.

Ciclo do Ouro
A expansão territorial pelo interior da colônia é feita, inicialmente, pelos bandeirantes, que buscam, além de jazidas de ouro e de diamante, aprisionar novos índios para a mão de obra escrava. O percurso segue pelas atuais áreas de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Os tropeiros abasteciam a “corrida do ouro” com o fornecimento de mantimentos.

O foco da Coroa portuguesa se volta agora para essas novas regiões em virtude do declínio do comércio do açúcar e é criado novo e abusivo imposto sobre todo ouro encontrado: o quinto correspondia a 20% de toda a pedra, cobrado nas casas de fundição.

Se houvesse déficit na meta estabelecida para a produção pelo quinto, a metrópole cobrava a derrama, ou seja, confiscava os bens de moradores. As principais vilas criadas são Sabará, Mariana, Vila Rica de Ouro Preto, Caeté, São João del Rey, Arraial do Tejuco (Diamantina).

Ao contrário dos engenhos, a mineração não exigia grande investimento de capital e isso estimula a participação de pequenos empreendedores e até mesmo de escravos, uma vez que podiam ficar com parte do ouro encontrado e comprar a liberdade.

O período do auge do ciclo do ouro, entretanto, é curto. Entre 1735 e 1754, por exemplo, a exportação anual é de aproximadamente 14,5 mil quilos de ouro, contra 4,3 mil quilos anuais, já no fim do século XVIII.

Referências:
- ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia: Geral e Brasil. 3ª Edição. São Paulo: Moderna, 2006.


- Cancian, Renato. Cana e trabalho escravo sustentaram o Brasil colônia. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/economia-colonial-cana-e-trabalho-escravo-sustentaram-o-brasil-colonia.jhtm. Acessado em 6/11/2011, às 15h35.

- http://www.suapesquisa.com/colonia/. Acessado em 6/11/2011, às 15h40.

3 comentários:

  1. gente,ele ebom mas nao conta aquilo tudo que aconteceu,conta o bazco mais e otimo amei...

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