A educação no Brasil colonial não ficou
restrita apenas aos ensinamentos dos jesuítas, da Companhia de Jesus. A partir
do século XVI registra-se também a presença de outras ordens, como os
franciscanos, os carmelitas e os beneditinos. Ainda em 1585 – três décadas após
a chegada dos jesuítas – foi criada a Custódia de Santo Antônio do Brasil, em
Olinda, Pernambuco.
No ano seguinte, os franciscanos
fundaram ali um internato para os curumins. Além do catecismo, os índios
aprendiam a ler, a escrever e a contar. O projeto foi expandido para o Rio
Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Grão-Pará (estado independente do período) e
Maranhão. A ordem estava presente na região sul do país com missões-volantes.
O motivo pelo qual as missões são
tradicionalmente conhecidas somente pelas ações dos jesuítas se deve pela
abundante documentação deixada por este grupo, ao contrário das demais. De
acordo com Aranha (2006, p. 144), os documentos precisavam ser criados para a
prestação de contas exigida pela Companhia de Jesus e pelo fato dos padres
atuarem nos engenhos, para a educação da elite da época.
Em contrapartida, os franciscanos, por
exemplo, focavam nos cursos de primeiras letras em povoados dependentes dos
filhos de São Francisco. O ensino secundário começou a ser aplicado no século
XVIII, após a expulsão dos jesuítas. Cabe ressaltar que no século XVII, porém,
os franciscanos fundaram convento de altos estudos de teologia e filosofia, o
que antecipou a instituição de cursos superiores no século posterior.
Referências:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia: Geral e
Brasil. 3ª Edição. São Paulo: Moderna, 2006.
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