terça-feira, 22 de novembro de 2011

Avaliação Bimestral

Caros alunos,
A avaliação deste bimestre está disponível e deve ser feita e entregue até o dia 9 de dezembro.
A prova, que vale 5 pontos, é composta de cinco questões e cada uma vale um ponto.
Abaixo, segue a imagem a ser usada na primeira questão.


Boa prova!




domingo, 20 de novembro de 2011

A economia no Brasil Colônia entre os séculos XVI e XVIII


A economia na América Portuguesa – (Brasil colonial) –, bem como outros aspectos relacionados à colonização e à exploração, está diretamente vinculada à expansão comercial da burguesia dentro do sistema político-econômico do capitalismo mercantil, difundido em toda a Europa. O território do pau-brasil não era a  única  colônia que ampliava o enriquecimento e sustentava a metrópole (Portugal), mas também,  algumas regiões da África faziam esse papel.

Para sustentar a Coroa e custear as discrepantes despesas provocadas pela nobreza portuguesa, destacamos a economia no Brasil, que pode ser analisada em diferentes pontos entre os séculos XVI e XVIII: exploração do pau-brasil, sociedade açucareira, ciclo do ouro e o comércio de escravos. Todos os pontos estão no contexto do Pacto Colonial, onde a colônia fornecia matéria prima e consumia produtos manufaturados na metrópole – processo dinâmico que fortalece o comércio e enriquece a economia portuguesa, uma vez que o comércio com outros países era proibido.

A fase do pau-brasil
Os portugueses iniciaram a exploração do novo território com a extração do pau-brasil. A espécie tinha alto valor comercial na Europa em virtude do uso de sua seiva avermelhada para tingir tecidos. O auge da exploração da madeira foi no final da década de 1520, até que a Coroa enviasse a primeira expedição para iniciar a colonização, com o objetivo de ampliar os lucros a partir do cultivo da cana-de-açúcar.

Sociedade do Açúcar
Entre as divisões de terras no Brasil pelas capitanias hereditárias, a de São Vicente, com Martim Afonso de Souza, é a primeira a adotar o cultivo da cana-de-açúcar. Com solo e clima favoráveis, mão de obra escrava e expansão do comércio e de consumo em toda a Europa, o apogeu dessa economia se dá entre 1570 e 1650. Com esse ciclo, Portugal conseguia manter a balança comercial favorável – comércio e altas taxas de impostos.

O plantio da cana era feito em grandes propriedades (latifúndios ou plantation), conhecidas também como engenhos. As unidades possuíam a casa grande (residência da família proprietária), senzalas (para os escravos) e maquinaria para o refinamento do açúcar. Roças para plantar produtos destinados à subsistência e para a pecuária faziam parte das fazendas. Algumas ainda contavam com escolas e capelas.

A estimativa é de que existiam 528 engenhos na colônia no final do século XVII, que garantem a exportação anual de 37 mil caixas de açúcar, com 35 arrobas (15 quilos) do produto em cada. Por volta de 1560 havia cerca de 60 engenhos.

A origem da utilização da mão de obra escrava africana começa com a produção em larga escala do açúcar e com o início do povoamento da colônia. A produção de algodão e tabaco também é registrada no período, mas em proporções bem menores. A exportação do açúcar começa a declinar com a concorrência do produto das Antilhas. Portugal busca outras formas de exploração das riquezas e, se aproveitando do povoamento, envia Bandeiras pelo interior da colônia no século XVIII, onde encontra ouro e diamante.

Ciclo do Ouro
A expansão territorial pelo interior da colônia é feita, inicialmente, pelos bandeirantes, que buscam, além de jazidas de ouro e de diamante, aprisionar novos índios para a mão de obra escrava. O percurso segue pelas atuais áreas de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Os tropeiros abasteciam a “corrida do ouro” com o fornecimento de mantimentos.

O foco da Coroa portuguesa se volta agora para essas novas regiões em virtude do declínio do comércio do açúcar e é criado novo e abusivo imposto sobre todo ouro encontrado: o quinto correspondia a 20% de toda a pedra, cobrado nas casas de fundição.

Se houvesse déficit na meta estabelecida para a produção pelo quinto, a metrópole cobrava a derrama, ou seja, confiscava os bens de moradores. As principais vilas criadas são Sabará, Mariana, Vila Rica de Ouro Preto, Caeté, São João del Rey, Arraial do Tejuco (Diamantina).

Ao contrário dos engenhos, a mineração não exigia grande investimento de capital e isso estimula a participação de pequenos empreendedores e até mesmo de escravos, uma vez que podiam ficar com parte do ouro encontrado e comprar a liberdade.

O período do auge do ciclo do ouro, entretanto, é curto. Entre 1735 e 1754, por exemplo, a exportação anual é de aproximadamente 14,5 mil quilos de ouro, contra 4,3 mil quilos anuais, já no fim do século XVIII.

Referências:
- ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia: Geral e Brasil. 3ª Edição. São Paulo: Moderna, 2006.


- Cancian, Renato. Cana e trabalho escravo sustentaram o Brasil colônia. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/economia-colonial-cana-e-trabalho-escravo-sustentaram-o-brasil-colonia.jhtm. Acessado em 6/11/2011, às 15h35.

- http://www.suapesquisa.com/colonia/. Acessado em 6/11/2011, às 15h40.

Literatura de Cordel

A literatura de cordel é um gênero literário popular baseado em formas rimadas de escritas. Costuma ser a transcrição de relatos orais para folhetos impressos e teve sua prática difundida no Brasil a partir do século XVI. O poeta William Brito, apesar de ter especialização em gestão ambiental e desenvolvimento regional, tem mais de 40 cordéis publicados, entre eles, "A Saga dos Índios Brasileiros", que pode ser consultado no blog do autor.

Sobre a história da literatura de cordel, consulta de cordéis, gravuras, indicações de blogs, entre outras atividades, recomenda-se pesquisa no site oficial da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Na aula do dia 02/12/2011, será aberto espaço de discussão sobre cordel a partir da pesquisa feita no site. Valor 2 pts. Critérios avaliativos,  argumentção clara demonstrando entendimento sobre o tema.

Quem eram violentos índios ou portugueses?






No processo de colonização as relações entre índios e europeus foram marcadas por conflitos e violências, com invasões de terras indígenas, escravização e extermínio de tribos.

Os europeus capturavam índios e os obrigavam a trabalhar para servi-los. O trabalho imposto a esses povos eram constituído de disciplina rígida e diário, contrapondo aos costumes indígenas, que não estavam acostumados a trabalhar sob supervisão e cobranças.

Os índios não aceitaram pacificamente serem escravizados, eles tinham um modo de trabalho diferente ao dos europeus, que não visava lucros e sim apenas sua sobrevivência. O conhecimento que esses povos tinham da mata facilitavam suas fugas e dificultavam serem novamente capturados.

A violência contra as tribos indígenas também se deu através de doenças como gripes, sarampo e varíola, trazidas pelos portugueses, causando morte de milhares de índios, pois estes não tinham defesa biológica.



Glossário:

Escravização: Reduzir à condição de escravo. / Tiranizar, subjugar. / Tornar-se ou agir como senhor absoluto.


Extermínio: Fazer desaparecer, acabar com. / Extirpar: exterminar os vícios.


Contrapondo: opondo, contrariando.


Referências:


BERUTTI, Flavio. Caminhos do Homem. Curitiba, PR: Base Editorial 2010.


A segunda visão dos portugueses sobre os nativos


A mudança de opinião dos portugueses sobre os índios se deu com a convivência. Ao conhecer melhor os povos que aqui viviam e ter conhecimento das guerras que se travavam entre as diversas tribos e a antropofagia, que fazia parte do costumes de alguns indígenas, que após vencerem a guerra e capturarem o inimigo cozerem e comerem sua carne.

Outra questão: Os europeus  julgavam  terem direito sobre a terra que “descobriram” e sobre os povos que nela encontraram, quando estes não aceitavam pacificamente os trabalhos forçados eram considerados violentos.

Glossário:

Antropofagia: Ato ou hábito de comer carne humana.



                                                           

 

Referências:

AGNOLIN, Adone. Antropofagia ritual e identidade cultural entre os Tupinambás. Rev. Antropol. vol.45 no.1 São Paulo 2002. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-77012002000100005&script=sci_arttext.

A primeira impressão dos portugueses sobre os índios ao chegarem ao Brasil


De acordo com alguns relatos e documentos europeus, podemos perceber a visão destes em relação aos índios. Ao chegarem ao solo brasileiro, os europeus se deparam com os povos nativos e, a primeira vista, eles os viram como “bons selvagens”. Caminha escreveu uma carta ao rei de Portugal na qual fazia esse relato:

[,,,]Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles não tem, nem entendem em nem uma crença, segundo parece. [...] Esta gente é boa e de boa simplicidade [...].

Glossário:
Bons selvagens: Integrados a natureza e extremamente dóceis. 
Evangelização: Pregação ou divulgação do Evangelho, de uma boa doutrina.
Pero Vaz de Caminha – Escrivão da Expedição comandada por Pedro Álvares Cabral.

Referências:
- CAMINHA, Pero Vaz de. Carta a El Rey  D. Manuel. Rio de Janeiro: Sabiá, 1968, p.24.

Educação no Brasil Colonial

Confira o depoimento abaixo do historiador Edgard Leite, docente na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) a educação no Brasil no período colonial. O vídeo relata a ação da Companhia de Jesus no Brasil e aborda o trabalho dos jesuítas e das missões guaranis. O depoimento foi gravado para documentário da TV Senado, que pode ser assistido na íntegra aqui. Vale a pena conferir.


Outras ordens religiosas atuaram na educação do Brasil Colonial


A educação no Brasil colonial não ficou restrita apenas aos ensinamentos dos jesuítas, da Companhia de Jesus. A partir do século XVI registra-se também a presença de outras ordens, como os franciscanos, os carmelitas e os beneditinos. Ainda em 1585 – três décadas após a chegada dos jesuítas – foi criada a Custódia de Santo Antônio do Brasil, em Olinda, Pernambuco.

No ano seguinte, os franciscanos fundaram ali um internato para os curumins. Além do catecismo, os índios aprendiam a ler, a escrever e a contar. O projeto foi expandido para o Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Grão-Pará (estado independente do período) e Maranhão. A ordem estava presente na região sul do país com missões-volantes.

O motivo pelo qual as missões são tradicionalmente conhecidas somente pelas ações dos jesuítas se deve pela abundante documentação deixada por este grupo, ao contrário das demais. De acordo com Aranha (2006, p. 144), os documentos precisavam ser criados para a prestação de contas exigida pela Companhia de Jesus e pelo fato dos padres atuarem nos engenhos, para a educação da elite da época.

Em contrapartida, os franciscanos, por exemplo, focavam nos cursos de primeiras letras em povoados dependentes dos filhos de São Francisco. O ensino secundário começou a ser aplicado no século XVIII, após a expulsão dos jesuítas. Cabe ressaltar que no século XVII, porém, os franciscanos fundaram convento de altos estudos de teologia e filosofia, o que antecipou a instituição de cursos superiores no século posterior.

Referências:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia: Geral e Brasil. 3ª Edição. São Paulo: Moderna, 2006.

Momento Arte


Saiba mais sobre o jesuítas


Quem eram os jesuítas?

Em 1534, Inácio de Loiola, sacerdote da Igreja católica, fundou uma ordem religiosa denominada companhia de Jesus. Os membros desta companhia eram padres e ficaram conhecidos como jesuítas. Esta ordem religiosa foi criada durante Contra-Reforma Católica, em contraposição ao protestantismo que vinha ganhando espaço no mundo. Seu objetivo era impedir a propagação desta fé.

Glossário:

Protestantismo: Religião cristã dos luteranos, anglicanos e calvinistas, que é resultado do movimento Reformista, iniciado no século XVI e que rejeita a autoridade papal.



Quando os jesuítas chegaram ao Brasil?

No ano de 1549 chegaram ao Brasil os primeiros jesuítas da Companhia de Jesus. Eles vieram juntamente com a caravana Tomé de Sousa, que se tornou o primeiro governador geral do Brasil.

O padre Manoel da Nóbrega estava no comando da ordem jesuítica que aportaram em solo brasileiro.



Qual era a missão dos jesuítas?

Catequizar os índios e iniciá-los na fé católica.

Os padres precisavam ensinar os índios a ler e a escrever para que pudessem inculcar nos nativos a doutrina católica. Para obter êxito neste trabalho, os padres se aproximavam desses povos procurando ganhar sua confiança, podendo assim iniciar o processo de catequização com a menor resistência possível.

Neste período surgiram várias escolas destinadas à educação indígena.



Como eram realizados os trabalhos dessas missões?

As missões que percorriam o Brasil eram conhecidas como volantes. Esse nome era dado por elas por não terem local fixo. Os padres iam até as aldeias para levar o ensino ás populações indígenas, principalmente crianças.

Glossário:

Aportaram: Chegaram.

Catequizar: Instruir ou doutrinar em matéria social ou religiosa, ensinar.

Conversão: Entrada numa religião que se julga ser a verdadeira.

Volante: Que não tem paradeiro, errante; que ora está num lugar ora noutro.


Referências:


- Caderno da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, do Ministério da Educação. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoindigena.pdf. Acessado em 19/11/2011, às 19h20.
BERUTTI, Flavio. Caminhos do Homem. Curitiba, PR: Base Editorial 2010.


- SEABRA, José Augusto. A descoberta do outro na carta de Pero Vaz de Caminha. Disponível em: http://www.instituto-camoes.pt/revista/descbroutro.htm. Acessado em 19/11/2011, às 20h.
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